MUDA O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR BRASILEIRO E EMPRESAS SE REINVENTAM PARA SOBREVIVER

 

O consumidor brasileiro mudou muito o seu comportamento ao longo dos últimos anos. Antigamente, a possibilidade de comprar online era algo remoto. No entanto, novas tecnologias e métodos de pagamentos mais flexíveis permitem que o brasileiro agora possa comprar e tenha novos comportamentos na compra de produtos ou aquisição de serviços. Um dos elementos por trás da mudança no comportamento do consumidor foi a maior participação dos brasileiros no ambiente online. Segundo dados apontados pelo portal G1, 81% da população brasileira acessou a internet em 2021. E é justamente nesse ambiente que as empresas mais têm investido.

As empresas brasileiras sabem que a publicidade online é um meio poderoso de adquirir novos clientes, bem como de fidelizar clientes já existentes. Canais de marketing como e-mail, por exemplo, ajudam na fidelização. As apostas das empresas de software que oferecem serviços de e-mail marketing é em tecnologias que permitam um maior engajamento dos clientes.

Além disso, as empresas desse ramo têm apostado no oferecimento de dados que ajudem na tomada de decisão por parte dos empresários. Outro setor que também tem percebido um aumento vertiginoso no investimento de empresas é o de link building, onde uma empresa de link building Latam oferece estratégia para que seus clientes possam obter melhores resultados orgânicos em mecanismos de buscas. Independentemente de qual for a estratégia adotada pela empresa, o importante é investir em canais digitais. Afinal, as inovações que o ambiente online possibilita fazem com que diversas empresas que não têm potencial de mercado consigam ganhar mais espaço e obter fatias que são detidas por outras empresas já consolidadas.

As ferramentas online também oferecem a possibilidade de que a empresa possa conhecer melhor o seu cliente. Isso é um elemento essencial para empresas que queiram investir nos canais certos para atrair os clientes específicos que querem alcançar. Informações demográficas, de gênero, idade, entre outras questões são analisadas por especialistas de marketing frequentemente.

O marketing em canais do Google, como YouTube, por exemplo, ajudam os especialistas em marketing a saber qual é a origem do tráfego para os seus canais. Dessa maneira, o empresário sabe qual canal está trazendo os melhores resultados e quais outros canais devem receber mais investimentos para terem uma performance adequada.

Diversas pesquisas já evidenciaram que as empresas apostam no marketing digital e que essa é uma tendência para os próximos anos. Afinal, ainda mais pessoas estão conectadas no Brasil e os softwares apostam na melhoria da experiência do usuário, bem como o melhor fornecimento de dados para os seus clientes. Essa combinação de inovações traz vantagens não só para a empresa que pretende utilizar o canal digital, mas também para quem compra na internet. Pois o comprador tem mais opções e essa competitividade gera vantagens em termos de preços e ferramentas para pagamentos de produtos ou serviços.

A privacidade entrou de vez em cena como importante elemento para quem pretende comprar online. Com diversos programas sendo atualizados com enfoque na maior proteção dos dados dos usuários, as empresas têm experimentado novas tecnologias e promovido essas mudanças em prol do respeito aos dados dos clientes. Apesar do acesso às informações dos usuários ser importante para gerar uma experiência mais completa para quem navega online, o mais importante é a transparência, com o usuário sabendo o que está compartilhando e como suas informações são protegidas. Esses são alguns exemplos de mudança de comportamento do consumidor brasileiro e certamente outras mudanças acontecerão ao longo dos próximos anos, o que exigirá ainda mais mudanças por parte das empresas brasileiras e internacionais.

FONTE: JORNALCONTÁBIL.COM.BR

QUAIS AS PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO VAREJISTA PARA 2023?

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) discutiram  no último dia 19 as perspectivas do comércio varejista para 2023, em evento que contou com a participação de mais de 100 lideranças de CDLs do Estado. Na ocasião, a economista Rita Mundim, convidada do evento, destacou um cenário com futuro favorável ao setor de comércio e serviços, com retomada do poder de compra das famílias, controle da inflação, impulsionamento do consumo pós demanda reprimida e valorização do comércio local.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema também marcou presença no encontro, que contou ainda com a participação do candidato à presidência da República, Felipe D’Ávila, do candidato ao senado, Marcelo Aro e do candidato a deputado estadual, Lucas Pitta. Eles participaram de um bate-papo com os presidentes da Federação e da CDL/BH, a respeito de suas propostas de governo.

Segundo o presidente da FCDL-MG, Frank Sinatra, eventos como esse fortalecem o movimento varejista e também injetam ânimo nos empresários. “Tenho certeza de que todos sairão daqui hoje diferentes da forma como chegaram, com mais otimismo e boas perspectivas para seguirem firmes tocando seus negócios”, ressaltou.

“Aos poucos o cenário econômico do próximo ano começa a ser desenhado. A queda da inflação, a geração de empregos formais e a retomada do consumo nos trazem boas expectativas para 2023. Esperamos que o setor de comércio e serviços atinja o patamar pré-pandemia ou, quem sabe, até supere”, afirmou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Por sua vez, o governador Romeu Zema lembrou que no segundo trimestre deste ano a economia mineira cresceu cinco vezes mais que a nacional. “Estamos no rumo certo”, destacou.

FONTE: FCDL-MG

APREENSÃO E TENSÃO COM O CORTE NO PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR

O corte de cerca de 60% no orçamento do programa Farmácia Popular do Brasil, previsto pelo governo federal para 2023, preocupa organizações farmacêuticas e vira alvo de adversários da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL). A retirada bilionária de recursos afeta beneficiários que fazem tratamento contra diabetes, hipertensão, asma, dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, anticoncepção e quem precisa de fraldas geriátricas. A tesourada no orçamento do programa foi revelada na semana passada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. A verba destinada ao Farmácia Popular caiu de R$ 2,04 bilhões no Orçamento deste ano para R$ 804 milhões, previstos para 2023.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), se confirmado, o corte trará um grande impacto para o acesso da população a medicamentos e significa um risco de sobrecarga para o Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota, a presidente da organização, Telma Salles, aponta que a redução no orçamento restringe a oferta de 13 tipos diferentes de princípios ativos de remédios usados no tratamento de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e asma, enfermidades que mais acometem a população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde.

“Reduzir verba do programa Farmácia Popular trará prejuízos imensuráveis para todo o sistema de saúde brasileiro. Estamos falando da vida das pessoas. Será oportuno saber como o governo pretende tratar as pessoas que ficarão sem esses medicamentos”, afirma a presidente do PróGenéricos.

O Farmácia Popular do Brasil é um programa do governo federal que oferece medicamentos por meio de parcerias com estabelecimentos privados. Remédios para tratamento de diabetes, asma e hipertensão são fornecidos de forma gratuita em farmácias e drogarias conveniadas. O programa também subsidia até 90% do valor de medicamentos para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, anticoncepção e fraldas geriátricas.
A possibilidade do corte de R$ 1,2 bilhão também preocupa os estabelecimentos conveniados ao programa. Para o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sincofarma-MG), Rony Anderson, a falta de medicamentos oferecidos de forma gratuita ou subsidiada pode afastar pessoas do tratamento. “O que é mais importante com relação a esse tipo de medicamento é que eles são relativamente baratos, mas, infelizmente, com a crise que vivemos, muita gente vai deixar de tomar o remédio. Isso vai aumentar a necessidade de internações e pode causar sobrecarga no sistema, inviabilizando também o tratamento de outras doenças”, apontou em entrevista ao Estado de Minas.
Para Anderson, a economia que o corte bilionário no orçamento do programa traz ao governo federal não se sustenta. O vice-presidente do Sincofarma-MG aponta que a descontinuação do tratamento das doenças atendidas pelo Farmácia Popular implicará aumento na demanda de procedimentos dispendiosos ao Estado. “O não uso desses remédios vai gerar casos em que as pessoas têm que se internar e isso fica muito mais caro para o governo. Vai ter um impacto ainda maior na economia, são hospitalizações caras, de doenças cardíacas, de doenças respiratórias”, avalia.
O representante dos estabelecimentos também avalia que a desidratação do Farmácia Popular trará impactos econômicos para o setor varejista, já que a ausência de medicamentos implicará diminuição da circulação de clientes em farmácias e drogarias. O Sincofarma entrará em contato com o governo gederal sugerindo a revisão do corte no orçamento. Rony Anderson acredita que o governo Bolsonaro recuará da medida. “Hoje mesmo, estamos fazendo um ofício para mandar ao Ministério da Saúde. A informação que a gente tem é de que Bolsonaro vai revogar. Não é nada oficial, mas sabemos que esse é um impacto muito grande, principalmente na época da eleição”, pontua.
FONTE: https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2022/09/15/interna_politica,1393814/apreensao-e-tensao-com-corte-no-farmacia-popular.shtml

VEM AI O SUPERMINAS 2022.

O 2º maior evento supermercadista do país, reúne cerca de 50 mil pessoas acontecerá de 18 a 20 de outubro, no Expominas, em Belo Horizonte. Serão mais de 500 expositores e uma área de feira de 30 mil metros quadrados. A Superminas é uma grande oportunidade de desenvolvimento profissional para o varejo, especialmente nos segmentos de supermercados e de padarias. Das microempresas às multinacionais, todos encontram oportunidades e condições exclusivas de negócios. A Superminas terá espaço de apoio e valorização aos pequenos negócios, por meio do Sebrae-MG e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas). Em uma área de exposição reservada para esses pequenos negócios, a parceria possibilitará a presença no evento de pequenos empreendedores que já fornecem ou tem potencial para se tornarem fornecedores dos supermercados.

A Associação Mineira de Supermercados (AMIS), organizadora da Superminas, representa um setor essencial e relevante para a economia mineira. Com 10,6 mil lojas, o segmento gerou em 2021 cerca de 358,7 mil postos de trabalho, com faturamento de R$ 63,4 bilhões – o que representa 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Ao longo do ano, o setor investiu R$ 1,04 bilhão em expansão, gerando 10,7 mil novos postos de trabalho em 106 novas unidades inauguradas. A força do segmento supermercadista em Minas Gerais também é apontada no ranking nacional de supermercados. O estado tem seis redes entre as 25 maiores do país. A participação no faturamento nacional do segmento é de 11,9% e no número de lojas, de 11,8%.

Para se inscrever, basta clicar AQUI:

OUTRAS INFORMAÇÕES: https://superminas.org.br/

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O QUE OS PRESIDENCIÁVEIS PROPÕEM PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Os microempreendedores individuais (MEI) e as micro e pequenas empresas (MPE), que respondem por 30% do Produto Interno Bruto (PIB), criaram 78% das vagas formais de trabalho em 2021 e geram renda anual para os trabalhadores do setor de R$ 420 bilhões por ano, conforme dados do Sebrae. A importância dos MEI e das MPE na economia, portanto, precisa estar refletida nos programas de governo apresentados pelos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2022.

Levantamento feito pela reportagem nos programas entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) – líderes nas pesquisas eleitorais, respectivamente – mostra que medidas como facilitação do crédito e renegociação de dívidas são mais frequentes nos documentos. As propostas, no entanto, aparecem de forma genérica.

Os presidenciáveis, somados, apresentaram 143 páginas de compromissos, diretrizes, planos ou programas de governo ao TSE, como parte do roteiro para um eventual governo a partir de 2023.

Ciro Gomes e Lula devem apresentar novas cartas de propostas à Justiça Eleitoral antes do fim do primeiro turno. Bolsonaro e Simone Tebet disponibilizam versões maiores e definitivas de seus programas, embora a emedebista diga que o documento seguirá “em construção” na campanha.

O Sebrae vem construindo um documento para entregar às campanhas nos próximos dias. A intenção é apresentar a importância do segmento das micro e pequenas empresas e o que precisa ser feito para solucionar, ou ao menos minimizar, os gargalos enfrentados.

“O papel do Sebrae é lembrar os candidatos da importância dos pequenos negócios, mostrar as dificuldades que enfrentam e sugerir o que conseguimos enxergar como medidas efetivas e viáveis. É preciso olhar para esse setor, que tem uma preponderância na quantidade de empresas [99% do total de negócios privados no país] e contribui para pôr comida na mesa de 86 milhões de brasileiros. Pretendemos apresentar isso para todos os candidatos”, diz Silas Santiago, gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae.

O conjunto de medidas citado, a ser ofertado aos postulantes ao Palácio do Planalto, contemplará, entre outras propostas, a facilitação ao acesso ao crédito, a simplificação tributária e a destinação de recursos para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Veja algumas sugestões do Sebrae ao próximo presidente aqui.

Propostas apresentadas pelos candidatos

Lula: empreendedorismo social e renegociação de dívidas

Líder nas pesquisas, Lula, em 21 páginas, cita 3 vezes o “empreendedorismo”, 1 vez “empreendedores individuais”, 1 vez “micro e pequenas empresas” e 1 vez “pequenas e médias empresas”.

O ex-presidente listou 121 diretrizes em seu “Programa de reconstrução e transformação do Brasil”, sendo que 5 delas tratam de micro, pequenas e médias empresas.

Ao falar sobre a iniciativa para estimular o trabalho e o emprego, o petista diz pretender “estender o apoio ao cooperativismo, ao empreendedorismo e às micro e pequenas empresas”. Mais adiante, quando aborda a ampliação de direitos para mulheres, o programa de Lula defende a promoção delas em diversas áreas, incluindo o empreendedorismo.

O candidato do PT cita a necessidade de ampliar o financiamento e “promover a renegociação das dívidas das famílias e das pequenas e médias empresas”. E da necessidade de “criar um ambiente em que empreendedores individuais” acessem “crédito facilitado”.

Por fim, Lula registra a intenção de “estimular a economia solidária, a economia criativa e o empreendedorismo social”.

A coligação da chapa Lula-Alckmin, composta por nove partidos, diz estar produzindo um documento mais detalhado de governo e pretende protocolá-lo no TSE em setembro.

Bolsonaro: reformas estruturais

Segundo colocado nas pesquisas, Bolsonaro é o candidato com mais citações a expressões ligadas às micro, pequenas e médias empresas. Ao longo de 48 páginas, ele faz 17 menções ao “empreendedorismo”, 1 a “empreendedor” e 1 a “micro, pequenas e médias empresas”.

O atual presidente da República que busca a reeleição coloca o empreendedorismo como parte do argumento econômico em defesa da gestão de seu primeiro mandato. Bolsonaro sustenta que o país atingiu a marca de 97,8 milhões de pessoas trabalhando e o aumento da arrecadação tributária.

“Com mais receitas, é possível investir mais em entregas, realizações, políticas sociais e principalmente seguir no fomento à geração de novos empregos como incentivo ao empreendedorismo, redução de impostos, desburocratização, tecnologia, fomento a novas matrizes energéticas, entre tantas outras realizações”, diz.

O presidente defende o empreendedorismo ao falar de reformas necessárias para modernizar o Estado, gerar empregos, microcrédito, educação profissional e tecnológica, políticas sociais, políticas para mulheres e o desenvolvimento regional, como no trecho a seguir, sobre a Amazônia: “Deve-se promover a capacitação no sentido de abrir novas possibilidades de empreendedorismo individual e coletivo na região [Amazônica], com assessoria técnica e fomento, para a fabricação de produtos competitivos, atrativos e que gerem renda, orgulho e bem estar para seus habitantes, por meio de estratégias de desenvolvimento regional.”

O programa defende ser fundamental o retorno de um “ciclo virtuoso” na economia com “fomento do crédito à produção e à promoção do empreendedorismo”. Em outra menção, trata do “fortalecimento dos instrumentos financeiros de apoio às micro, pequenas e médias empresas, para inovação e sua inserção na economia digital”.

O documento de Bolsonaro defende ainda “conjunto de políticas socioeconômicas robustas, que valorizem o empreendedorismo, a liberdade econômica, que gerem empregos sólidos diante das incertezas que as tecnologias naturalmente propiciam, que deixem para o Estado somente aquilo que é sua função precípua, a fim de dedicar seus esforços ao cidadão brasileiro, nosso verdadeiro e supremo soberano”.

Ciro Gomes: desburocratização e compras públicas 

O presidenciável do PDT, terceiro na preferência eleitoral do brasileiro conforme as pesquisas mais recentes, inclui o empreendedorismo como parte de “um novo” Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND). O candidato, cujo documento tem 26 páginas, faz 2 menções a “empreendedores” e 1 a “pequeno e médio empresário”.

Defensor de uma grande renegociação de dívidas de pessoas físicas para reduzir a inadimplência no país, Ciro Gomes inclui as empresas na equação, como forma de “restabelecer o crédito e ajudar na engrenagem da economia”.

O ex-governador do Ceará diz querer beneficiar o “pequeno e médio empresário” com “iniciativas de ampla desburocratização e digitalização dos serviços do governo federal, a estruturação de bancos de dados abertos, o investimento na interoperabilidade dos sistemas do governo federal, na automação de setores como o de compras públicas e tecnologias de segurança da informação, inclusive blockchain, sobretudo nos órgãos e entidades mais suscetíveis a fraudes e desvios”.

Ciro Gomes também coloca o elemento racial como parte necessária para “criar políticas afirmativas em relação às compras públicas de empresas de empreendedores negros, bem como linhas de crédito específicas”.

A iniciativa de empreender é apontada como “fundamental [para] recuperar o crescimento, a disposição dos empresários para investir e dos empreendedores para inovar e criar novos negócios, gerando novos e bons empregos”.

O plano final, contudo, segue em construção pela equipe de Ciro Gomes. Uma “versão definitiva” do programa de governo está em elaboração por meio de “ampla consulta aos mais diversos segmentos” sociais.

“É este projeto, que vem sendo desenhado com a sociedade trabalhadora, industrial, empreendedora e outras organizações da sociedade civil, que a candidatura de Ciro Gomes defende e representa”, afirma o candidato.

Simone Tebet: mais crédito via BNDES

A candidata Simone Tebet, que hoje aparece na quarta posição nas pesquisas eleitorais, apresentou o programa em 48 páginas, onde faz citações breves à pauta em questão, com 1 menção a “empreendedorismo”, 1 a “mulheres empreendedoras” e 1 a “pequenas e médias empresas”.

Ao mencionar o empreendedorismo, o programa de governo da postulante do MDB defende: “Ampliar o microcrédito produtivo e unificar programas com foco em inclusão produtiva, com atenção especial a mulheres empreendedoras, pessoas com deficiência e regiões de menor renda.”

A ex-vice-governadora do Mato Grosso do Sul e ex-prefeita de Três Lagoas indica disposição para “reforçar o papel” do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “no apoio a pequenas e médias empresas, de tecnologia e toda a economia de baixo carbono”.

Tebet define como uma das prioridades na área econômica estimular o ambiente de negócios. Ela se compromete em promover a segurança jurídica para atração de investimentos, especialmente na infraestrutura e na logística do país. Os compromissos têm como meta gerar empregos.

A candidata também afirma, no documento, ter a intenção de “melhorar e aperfeiçoar o ambiente de negócios, diminuir de forma estrutural a burocracia e destravar o desenvolvimento”.

Falta de detalhamento

Os planos apresentados pelos candidatos têm um ponto em comum: a falta de detalhamento das medidas propostas. Os documentos, em geral, não apresentam metas numéricas, prazos e caminhos para se chegar aos objetivos traçados. A linguagem genérica costuma ser comum em projetos como esses, não só em relação à pauta voltada ao empreendedorismo e aos pequenos negócios, mas também em outras áreas.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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PEQUENOS NEGÓCIOS MINEIROS SENTEM IMPACTOS DA INFLAÇÃO

Quase a metade dos pequenos negócios mineiros (47,4%) foi muito impactada pelo aumento dos custos produtivos nos últimos meses. Os microempreendedores individuais (MEI) foram os que mais sentiram os efeitos da alta dos preços dos insumos (49% dos entrevistados), seguidos pelas empresas de pequeno porte (47%) e pelas microempresas (44%). Já entre os setores produtivos, a Indústria foi a mais abalada: 55% dos pequenos negócios.

Os dados são de uma pesquisa exclusiva realizada pelo Sebrae Minas, que ouviu 746 empresários e gestores de pequenos negócios entre os dias 03 e 14 de junho. “Por terem estruturas mais enxutas e capacidade limitada de investimento, os pequenos negócios têm sido muito impactados pelo aumento dos custos de recursos e gastos essenciais, como energia, frete e combustíveis”, enfatiza a analista do Sebrae Minas Paola La Guardia.

Em consequência desses aumentos, 55% dos pequenos negócios tiveram que reajustar os preços dos produtos e serviços. Apesar de serem muito impactados, os MEI foram os que mais seguraram os repasses: 41% dos entrevistados.

Os pequenos negócios do Comércio lideraram o repasse dos aumentos (69% das empresas). O setor de Serviços foi o que mais conseguiu manter os preços praticados (52%). Já a Construção Civil teve o maior percentual de empresas que diminuíram os preços nos últimos meses: 12%.

Para contornar os efeitos negativos da alta dos preços dos insumos, os pequenos negócios adotaram diferentes medidas. As que tiveram o maior número de adeptos foram: redução do estoque (37%), inovação e otimização dos processos (30%) e diminuição do mix de produtos/serviços (27%).

Outras ações recorrentes entre os pequenos negócios mineiros para tentar reduzir os impactos da alta dos preços dos insumos foram: economia de água e energia (25%), substituição de matérias-primas (22%) e economia no aluguel (16%).

O Comércio liderou a iniciativa de redução de estoque (52%); Serviços se destacou na inovação e otimização dos processos (32%) e a Indústria foi o setor que mais substituiu matérias-primas por similares de menor valor (35%).

Fonte: Divulgação/Sebrae Minas – Regional Sul

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CRESCE O ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS EM BELO HORIZONTE

O segundo semestre de 2022 iniciou com o aumento do nível de endividamento dos belo-horizontinos. Em julho, 90,1% dos consumidores estavam endividados na capital mineira, com 2,6 pontos percentuais (p.p.) superior ao último mês. Os dados são da edição regional da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e apurada pelo setor de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG).

De acordo com o estudo, se comparado com o mesmo período do ano passado, ocorreu um aumento de 8% p.p. “As atividades comerciais voltaram após um longo período de instabilidade, isso faz com que as famílias se sintam mais incentivadas a consumir, e utilizem do crédito para suprir suas demandas. Tal comportamento acarreta um aumento nos índices de endividamento”, destaca a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins.

Entre os tipos de dívidas, o cartão de crédito segue sendo o principal compromisso financeiro assumido. Atualmente, os consumidores pagam contas e fazem as compras do mês no cartão de crédito, resultando em comprometimento com essa modalidade de 78,8% dos entrevistados. O carnê (22,2%) e o cheque especial (10,0%) também estão entre as formas mais utilizadas.

O levantamento apontou ainda que as dívidas comprometem, em média, 31,6% da renda familiar, e o número de consumidores que não terão condições de quitar suas dívidas somou 16,2%, apresentando um aumento de 0,7 p.p.  E grande parte desses endividamentos são por um longo período, com tempo médio de comprometimento da renda de aproximadamente sete meses.

“O ideal é que as famílias já tenham em mente quais são as contas fixas que comprometem a renda mensal, como aluguel, água e luz. Desta forma, é possível calcular os gastos fixos e planejar o orçamento restante para os pagamentos e futuros compromissos financeiros”, finaliza a economista da Fecomércio MG.

Fonte: Fecomércio

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PBH FLEXIBILIZA USO DE MÁSCARA A PARTIR DE 11 DE AGOSTO

O uso de máscaras em ambientes fechados não será mais obrigatório em Belo Horizonte a partir de 11 de agosto. Mesmo assim, a proteção ainda é recomendada pela prefeitura nas escolas, nos serviços de saúde públicos e privados, no transporte público de passageiros e para pessoas imunossuprimidas.

A decisão foi anunciada em rede social nesta quarta (10/8) pelo prefeito Fuad Noman (PSD), que afirmou que os indicadores da COVID-19 apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontam para redução da transmissão na cidade.

“Agradeço a colaboração da população de Belo Horizonte no cumprimento dos protocolos adotados nesses mais de dois anos. Reforço a necessidade de manter as medidas de prevenção e a importância de tomar todas as doses da vacina contra a COVID-19”, disse o prefeito.

O uso de máscaras em ambientes abertos já não era obrigatório em Minas Gerais desde março, depois de um decreto assinado pelo governo do estado.

O uso de máscaras em locais fechados já havia sido liberado pela PBH antes. A obrigatoriedade foi retomada há pouco menos de dois meses, em meados de junho, devido ao avanço dos indicadores de transmissão da COVID-19 na capital.

A definição valia até 31 de julho, depois foi prorrogada para 15 de agosto, devido ao aumento de casos de doenças respiratórias, a baixa cobertura vacinal das crianças e o retorno das aulas presenciais no segundo semestre. A data foi antecipada com a decisão de hoje. As regras para a nova liberação serão definidas em decreto a ser publicado no Diário Oficial do Município.

No fim do mês passado, um levantamento da SMS mostrou que mais de 80% das pessoas internadas pela COVID-19 em BH não se vacinaram ou não completaram o esquema vacinal.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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Inflação aumenta a pressão sobre o BC: Especialistas preveem aperto

A alta de 0,95% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrada nos 30 dias encerrados na primeira metade de março, mostrou que as pressões inflacionárias estão mais fortes e disseminadas do que o previsto pelo mercado. Com isso, as apostas de um aperto monetário maior do Banco Central aumentam e as projeções de uma taxa básica de juros (Selic) mais elevada, acima de 13,50%, ganham força. Grandes bancos, como Credit Suisse, já passaram a projetar Selic de 14% no fim deste ano.

 

Antes, o banco suíço previa a taxa básica em 13,25% no fim do ano. A instituição revisou de 7% para 7,8% a previsão de alta do IPCA neste ano devido à surpresa do IPCA-15 – a prévia da inflação oficial. Além disso, manteve em um ponto percentual a previsão de alta da Selic em maio e passou de 0,50 ponto para 0,75 ponto a aposta de elevação da taxa básica em junho. Incluiu, ainda, mais uma alta em agosto, de 0,50 ponto.
 
Em relatório publicado, ontem, após a divulgação dos dados do IPCA-15, a instituição informou que, devido ao conflito Rússia-Ucrânia, previa apenas um repasse parcial dos preços internacionais dos combustíveis para os domésticos, “uma vez que o governo brasileiro, provavelmente, implementaria medidas para reduzir os preços dos combustíveis no mercado interno, o que agora parece menos provável”. Para 2023, o Credit elevou de 4% para 4,3% a projeção do IPCA, “devido ao maior impacto inercial da inflação deste ano”.
 

A alta do IPCA-15 de março foi a maior variação para o mês desde março de 2015, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mediana das estimativas do mercado era de alta de 0,86%. No acumulado em 12 meses até março, o indicador avançou 10,79%, dado também acima da mediana das projeções dos agentes financeiros, de 10,67%.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic de 10,75% para 11,75% ao ano, e sinalizou nova alta de um ponto percentual na próxima reunião, em maio, para 12,75%. Mas, agora, com o IPCA-15 acima das projeções e bastante disseminado, é provável que um aperto maior do que o sinalizado ocorra, de acordo com a Capital Economics.

 

“Enquanto o Banco Central deu sinais de que pode haver apenas mais um aumento de um ponto percentual na taxa de juros no atual ciclo (para 12,75%), suspeitamos que o próximo aumento da inflação a leve a um pouco mais de aperto”, destacou William Jackson, economista-chefe para Mercados Emergentes da consultoria britânica, em relatório enviado aos clientes.
 
Ele esperava 10,5% de alta acumulada no IPCA-15 e elevou de 11,75% para 13,50% a aposta para a Selic no fim do ciclo de aperto monetário, diante da elevada disseminação na economia. O índice de difusão acelerou em relação a fevereiro e ficou em 75,5%.
 
As estimativas do mercado para o IPCA deste ano não param de subir há 10 semanas. Conforme dados do boletim Focus, do BC, a mediana das projeções do mercado para a inflação oficial está em 6,59%. Já as projeções para a Selic no fim do ano estão em 13%. Arnaldo Lima, diretor de Estratégias Públicas do Grupo Mongeral Aegon (MAG), prevê a taxa básica encerrando o ano em 13,25%, acima da mediana do mercado.
 

De acordo com dados do Itaú Unibanco, o IPCA de março deverá acelerar em relação à alta de 0,99% de fevereiro, passando para 1,31%. Para abril, o banco prevê avanço de 1,11% no indicador e, em maio, recuo de 0,26%. “Os próximos dois meses continuarão pressionados pelos reajustes recentes de gasolina, gás de botijão e diesel na refinaria pela Petrobras, considerando que o repasse tem sido mais alto e mais rápido para o consumidor. O pico da inflação deve ficar ligeiramente abaixo de 12% em abril. Esperamos alívio na leitura de maio, com mudança da bandeira de escassez hídrica para amarela”, destacaram as economistas do Itaú Julia Passabom e Luciana Rabelo.

Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos, calcula um IPCA no fim do ano para algo em torno de 8%, “o que exigiria uma Selic também superior a 13,5%”. Segundo ele, “com Selic até 13,5%, o IPCA superaria 7% em 2022”, prevê o especialista. Pelos cálculos dele, há um teto para o IPCA de 7,32%, em 2022. “A Selic deveria atingir uma taxa superior à 13,75% para que a inflação não supere 7%”, avalia.

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Desempregados lutam por chance num Brasil de poucas oportunidades

O caminho árduo e o olhar distante pelas ruas de Belo Horizonte demonstram misto de tristeza e preocupação para Jackson Gonçalves, de 31 anos, um morador entre tantos outros do Bairro Serra que lutam para encontrar  trabalho fixo. São praticamente cinco anos sem carteira assinada, o que levou Jackson abrir mão de desejos e conquistas para sua família. O drama dele se repete em lares dos cerca de 12 milhões de brasileiros que vivem à procura de emprego, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Jackson pertence à faixa etária que mais sofre com a desocupação desde 2020. Entre os trabalhadores de 25 a 39 anos, o percentual de desempregados atingiu a marca de 35,2%. Já os jovens de 18 a 24 anos sem ocupação correspondem a 30,8% do total, como aponta a pesquisa Pnad Contínua do IBGE, referente ao quarto trimestre do ano passado.A dificuldade se agrava já que, quanto mais tempo o trabalhador passa desempregado, mais complexa será a reinserção no mercado de trabalho. No último emprego fixo, Jackson foi  auxiliar de limpeza, em 2016, numa empresa de informática. A demissão dele ocorreu devido a cortes de despesas. Desde então, contou com a ajuda da mulher, Gislene, que trabalha como diarista, para garantir a alimentação do casal e dos dois filhos pequenos. Para aumentar a renda da família, ele faz serviços como auxiliar de pedreiro, carrega móveis e faz pequenos favores em troca de gorjetas. No fim do mês, recebe, no máximo, R$ 800.

“Às vezes, você tem uma oportunidade e espera ficar um bom tempo trabalhando, mas a vaga só dura dois meses. Foi assim comigo. Mandei uns currículos, mas o mercado ficou muito seletivo. Tem muita gente procurando emprego, e isso impede que todos tenham oportunidades”, afirma Jackson, que atribui a dificuldade de inserção ao mercado à falta de estudo. Ele cursou somente até a sétima série do ensino fundamental.

Em outra face da mesma dificuldade, a estudante Giovana Lima, de 15, também encontrou barreiras ao procurar uma vaga de menor aprendiz na área administrativa. Há seis meses ela vem tentando vaga, mas só encontra negativas. Nesse período, fez cursos de informática para se qualificar melhor. “A idade é um fator importante, porque quase nunca dão chance para quem nunca trabalhou. A pandemia também complica, pois muitas empresas deixaram de contratar menores. A economia está devastada. Deveriam abrir mais vagas, o que incentiva as pessoas a comprarem e consumirem mais. Logo, tudo se recuperaria”, avalia.
Para quem tem mais idade, muda o motivo, mas o problema da falta de trabalho se repete. Paulo Roberto de Souza, de 57, tenta novo emprego na construção civil. Com apenas a quinta série, ele está há três anos desempregado. Separado da mulher desde o ano passado, passou a morar sozinho nas ruas da capital, vivendo de lavar e cuidar de carros na área central. Para ele, o fato de não ter conquistado nova oportunidade se deve à idade. “Procuro emprego todos os dias, mas, como passei dos 50, isso me impede de conseguir algo mais concreto. Não tenho tanto pique como antigamente para pegar um serviço pesado. Não tenho tanta escolaridade e isso dificulta. E também não tenho quem me indique uma oportunidade”, enumera.
Segundo o analista do IBGE Alexandre de Lima Veloso, o que pesa contra os trabalhadores mais jovens é justamente a falta de experiência: “A inserção no mercado de trabalho da força mais jovem historicamente sempre foi mais difícil. Com a pandemia, tivemos a redução dos empregos formais. Quem já estava inserido e conseguiu trabalhar de casa foi menos afetado do que quem estava buscando nova oportunidade, como é o caso de trabalhadores nessa faixa. Essas pessoas trabalhavam há menos tempo, com menos qualificação e experiência, o que ajuda a explicar o cenário negativo”.