ÍNDICE DE CONFIANÇA DE PEQUENOS NEGÓCIOS ATINGE MELHOR PONTUAÇÃO DESDE 2013

No mês de agosto, micro e pequenos empresários voltaram a demonstrar maior confiança na melhora da economia, segundo a Sondagem Econômica MPE, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) registrou, no mês passado, aumento de 2,7 dígitos e atingiu 100,6 pontos, considerada a melhor pontuação já registrada desde 2013.

De acordo com os pesquisadores, o aumento da pontuação foi impulsionado pela melhora nas expectativas do Comércio nos próximos meses de 2022. O índice é o resultado da junção de mais dois setores: Serviços e Indústria da Transformação. Apenas o índice de Comércio teve aumento de 5,4 pontos, enquanto Serviços alcançou 0,5 ponto no mês e a Indústria caiu 1,4 ponto. É a segunda queda consecutiva neste setor.

Apesar da melhor pontuação, a Sondagem indica que a situação dos negócios no setor do Comércio variou apenas 0,1% em agosto, indicando que a economia no país inspira cuidados. E uma das atenções que empresários de negócios de todos os portes – especialmente os micro e pequenos – é na elaboração de um planejamento estratégico e financeiro que consiga dar conta do momento ainda de instabilidade pela qual passa a economia nacional.

De acordo com o especialista em Finanças e Planejamento Estratégico, Marcone Morais, o sucesso financeiro de uma empresa está intimamente ligado ao que foi definido no planejamento do negócio. “O sucesso financeiro está vinculado às vendas do produto ou serviço que se disponibiliza a entregar. Mas, vender muito não significa necessariamente resultado positivo ao final do período, por isso precisamos de um bom planejamento estratégico e financeiro”, reforça.

Segundo ele, o planejamento precisa prever estudos consistentes sobre expansão de receitas e do faturamento em uma linha de produtos ou serviços, análise do período de sazonalidade, se existir, nicho de mercado que se quer atingir, conhecimento da concorrência e do público-alvo. “Entre outras, entendo que estas são as principais informações que uma empresa precisa ter para garantir o seu sucesso”, diz ele.

Redução de custos nem sempre garante maior lucratividade

Marcone Morais acrescenta que um dos erros que muitos negócios cometem na busca por melhor lucratividade é reduzir custos de produção, sem uma análise detalhada das implicações disso para o negócio. “Reduzir custos de produção não tem a ver, necessariamente, somente com comprar matéria prima mais barata, como muitas empresas buscam. Entre outras formas para otimizar os custos de produção, podemos reduzir os desperdícios, buscar uma melhoria de mão de obra, melhoria de processos de execução, redução de manutenção de equipamentos, entre outros”, aconselha.

O especialista explica que a redução de custo feita sem planejamento, como a escolha por matéria-prima mais barata ou de menor qualidade, pode resultar em perdas diante da concorrência. “Hoje a concorrência é muito grande, a quantidade de produtos ou serviços ofertados é enorme, e devemos buscar ganhar sempre mais na produção, uma vez que, no preço de venda final no mercado, as margens estão cada vez menores, portanto o sucesso pode estar aí, no melhor custo de produção”, afirma.

Redução das despesas fixas também pode ajudar nos resultados positivos do negócio

Outro fator que pode influenciar no melhor faturamento para as empresas, e que pode estar descrito no planejamento estratégico e financeiro do negócio, é a busca pela redução das despesas físicas. De acordo com Marcone Morais, uma redução planejada das contas que a empresa precisa pagar todo mês pode ser a diferença entre passar bem por meses com menos faturamento ou acabar tendo que fechar o negócio por desafios econômicos como o gerado pela pandemia da Covid-19. “Como esse tipo de despesa ocorre independente do volume de vendas, tem que ser alvo importante para uma boa gestão de custos do negócio como um todo”, aconselha.

O especialista também aconselha a adoção da estratégia de uso de dados do chamado 3Ps: pessoas, processos e produtos. “De forma bastante simples, o objetivo do método dos 3Ps é conhecer as prioridades do negócio por meio do alinhamento entre esses três pontos, sabendo estrategicamente buscar estas informações e adequá-las dentro da empresa, pois com uma gestão financeira equilibrada e um bom planejamento estratégico, a chance de sucesso cresce exponencialmente”, conclui ele, que tem 12 anos de experiência na área de Administração de Empresas.

FONTE: https://portal.comunique-se.com.br/indice-de-confianca-de-pequenos-negocios-atinge-melhor-pontuacao-desde-2013/

 

MUDA O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR BRASILEIRO E EMPRESAS SE REINVENTAM PARA SOBREVIVER

 

O consumidor brasileiro mudou muito o seu comportamento ao longo dos últimos anos. Antigamente, a possibilidade de comprar online era algo remoto. No entanto, novas tecnologias e métodos de pagamentos mais flexíveis permitem que o brasileiro agora possa comprar e tenha novos comportamentos na compra de produtos ou aquisição de serviços. Um dos elementos por trás da mudança no comportamento do consumidor foi a maior participação dos brasileiros no ambiente online. Segundo dados apontados pelo portal G1, 81% da população brasileira acessou a internet em 2021. E é justamente nesse ambiente que as empresas mais têm investido.

As empresas brasileiras sabem que a publicidade online é um meio poderoso de adquirir novos clientes, bem como de fidelizar clientes já existentes. Canais de marketing como e-mail, por exemplo, ajudam na fidelização. As apostas das empresas de software que oferecem serviços de e-mail marketing é em tecnologias que permitam um maior engajamento dos clientes.

Além disso, as empresas desse ramo têm apostado no oferecimento de dados que ajudem na tomada de decisão por parte dos empresários. Outro setor que também tem percebido um aumento vertiginoso no investimento de empresas é o de link building, onde uma empresa de link building Latam oferece estratégia para que seus clientes possam obter melhores resultados orgânicos em mecanismos de buscas. Independentemente de qual for a estratégia adotada pela empresa, o importante é investir em canais digitais. Afinal, as inovações que o ambiente online possibilita fazem com que diversas empresas que não têm potencial de mercado consigam ganhar mais espaço e obter fatias que são detidas por outras empresas já consolidadas.

As ferramentas online também oferecem a possibilidade de que a empresa possa conhecer melhor o seu cliente. Isso é um elemento essencial para empresas que queiram investir nos canais certos para atrair os clientes específicos que querem alcançar. Informações demográficas, de gênero, idade, entre outras questões são analisadas por especialistas de marketing frequentemente.

O marketing em canais do Google, como YouTube, por exemplo, ajudam os especialistas em marketing a saber qual é a origem do tráfego para os seus canais. Dessa maneira, o empresário sabe qual canal está trazendo os melhores resultados e quais outros canais devem receber mais investimentos para terem uma performance adequada.

Diversas pesquisas já evidenciaram que as empresas apostam no marketing digital e que essa é uma tendência para os próximos anos. Afinal, ainda mais pessoas estão conectadas no Brasil e os softwares apostam na melhoria da experiência do usuário, bem como o melhor fornecimento de dados para os seus clientes. Essa combinação de inovações traz vantagens não só para a empresa que pretende utilizar o canal digital, mas também para quem compra na internet. Pois o comprador tem mais opções e essa competitividade gera vantagens em termos de preços e ferramentas para pagamentos de produtos ou serviços.

A privacidade entrou de vez em cena como importante elemento para quem pretende comprar online. Com diversos programas sendo atualizados com enfoque na maior proteção dos dados dos usuários, as empresas têm experimentado novas tecnologias e promovido essas mudanças em prol do respeito aos dados dos clientes. Apesar do acesso às informações dos usuários ser importante para gerar uma experiência mais completa para quem navega online, o mais importante é a transparência, com o usuário sabendo o que está compartilhando e como suas informações são protegidas. Esses são alguns exemplos de mudança de comportamento do consumidor brasileiro e certamente outras mudanças acontecerão ao longo dos próximos anos, o que exigirá ainda mais mudanças por parte das empresas brasileiras e internacionais.

FONTE: JORNALCONTÁBIL.COM.BR

QUAIS AS PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO VAREJISTA PARA 2023?

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) discutiram  no último dia 19 as perspectivas do comércio varejista para 2023, em evento que contou com a participação de mais de 100 lideranças de CDLs do Estado. Na ocasião, a economista Rita Mundim, convidada do evento, destacou um cenário com futuro favorável ao setor de comércio e serviços, com retomada do poder de compra das famílias, controle da inflação, impulsionamento do consumo pós demanda reprimida e valorização do comércio local.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema também marcou presença no encontro, que contou ainda com a participação do candidato à presidência da República, Felipe D’Ávila, do candidato ao senado, Marcelo Aro e do candidato a deputado estadual, Lucas Pitta. Eles participaram de um bate-papo com os presidentes da Federação e da CDL/BH, a respeito de suas propostas de governo.

Segundo o presidente da FCDL-MG, Frank Sinatra, eventos como esse fortalecem o movimento varejista e também injetam ânimo nos empresários. “Tenho certeza de que todos sairão daqui hoje diferentes da forma como chegaram, com mais otimismo e boas perspectivas para seguirem firmes tocando seus negócios”, ressaltou.

“Aos poucos o cenário econômico do próximo ano começa a ser desenhado. A queda da inflação, a geração de empregos formais e a retomada do consumo nos trazem boas expectativas para 2023. Esperamos que o setor de comércio e serviços atinja o patamar pré-pandemia ou, quem sabe, até supere”, afirmou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Por sua vez, o governador Romeu Zema lembrou que no segundo trimestre deste ano a economia mineira cresceu cinco vezes mais que a nacional. “Estamos no rumo certo”, destacou.

FONTE: FCDL-MG

APREENSÃO E TENSÃO COM O CORTE NO PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR

O corte de cerca de 60% no orçamento do programa Farmácia Popular do Brasil, previsto pelo governo federal para 2023, preocupa organizações farmacêuticas e vira alvo de adversários da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL). A retirada bilionária de recursos afeta beneficiários que fazem tratamento contra diabetes, hipertensão, asma, dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, anticoncepção e quem precisa de fraldas geriátricas. A tesourada no orçamento do programa foi revelada na semana passada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. A verba destinada ao Farmácia Popular caiu de R$ 2,04 bilhões no Orçamento deste ano para R$ 804 milhões, previstos para 2023.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), se confirmado, o corte trará um grande impacto para o acesso da população a medicamentos e significa um risco de sobrecarga para o Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota, a presidente da organização, Telma Salles, aponta que a redução no orçamento restringe a oferta de 13 tipos diferentes de princípios ativos de remédios usados no tratamento de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e asma, enfermidades que mais acometem a população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde.

“Reduzir verba do programa Farmácia Popular trará prejuízos imensuráveis para todo o sistema de saúde brasileiro. Estamos falando da vida das pessoas. Será oportuno saber como o governo pretende tratar as pessoas que ficarão sem esses medicamentos”, afirma a presidente do PróGenéricos.

O Farmácia Popular do Brasil é um programa do governo federal que oferece medicamentos por meio de parcerias com estabelecimentos privados. Remédios para tratamento de diabetes, asma e hipertensão são fornecidos de forma gratuita em farmácias e drogarias conveniadas. O programa também subsidia até 90% do valor de medicamentos para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, anticoncepção e fraldas geriátricas.
A possibilidade do corte de R$ 1,2 bilhão também preocupa os estabelecimentos conveniados ao programa. Para o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sincofarma-MG), Rony Anderson, a falta de medicamentos oferecidos de forma gratuita ou subsidiada pode afastar pessoas do tratamento. “O que é mais importante com relação a esse tipo de medicamento é que eles são relativamente baratos, mas, infelizmente, com a crise que vivemos, muita gente vai deixar de tomar o remédio. Isso vai aumentar a necessidade de internações e pode causar sobrecarga no sistema, inviabilizando também o tratamento de outras doenças”, apontou em entrevista ao Estado de Minas.
Para Anderson, a economia que o corte bilionário no orçamento do programa traz ao governo federal não se sustenta. O vice-presidente do Sincofarma-MG aponta que a descontinuação do tratamento das doenças atendidas pelo Farmácia Popular implicará aumento na demanda de procedimentos dispendiosos ao Estado. “O não uso desses remédios vai gerar casos em que as pessoas têm que se internar e isso fica muito mais caro para o governo. Vai ter um impacto ainda maior na economia, são hospitalizações caras, de doenças cardíacas, de doenças respiratórias”, avalia.
O representante dos estabelecimentos também avalia que a desidratação do Farmácia Popular trará impactos econômicos para o setor varejista, já que a ausência de medicamentos implicará diminuição da circulação de clientes em farmácias e drogarias. O Sincofarma entrará em contato com o governo gederal sugerindo a revisão do corte no orçamento. Rony Anderson acredita que o governo Bolsonaro recuará da medida. “Hoje mesmo, estamos fazendo um ofício para mandar ao Ministério da Saúde. A informação que a gente tem é de que Bolsonaro vai revogar. Não é nada oficial, mas sabemos que esse é um impacto muito grande, principalmente na época da eleição”, pontua.
FONTE: https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2022/09/15/interna_politica,1393814/apreensao-e-tensao-com-corte-no-farmacia-popular.shtml

VEM AI O SUPERMINAS 2022.

O 2º maior evento supermercadista do país, reúne cerca de 50 mil pessoas acontecerá de 18 a 20 de outubro, no Expominas, em Belo Horizonte. Serão mais de 500 expositores e uma área de feira de 30 mil metros quadrados. A Superminas é uma grande oportunidade de desenvolvimento profissional para o varejo, especialmente nos segmentos de supermercados e de padarias. Das microempresas às multinacionais, todos encontram oportunidades e condições exclusivas de negócios. A Superminas terá espaço de apoio e valorização aos pequenos negócios, por meio do Sebrae-MG e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas). Em uma área de exposição reservada para esses pequenos negócios, a parceria possibilitará a presença no evento de pequenos empreendedores que já fornecem ou tem potencial para se tornarem fornecedores dos supermercados.

A Associação Mineira de Supermercados (AMIS), organizadora da Superminas, representa um setor essencial e relevante para a economia mineira. Com 10,6 mil lojas, o segmento gerou em 2021 cerca de 358,7 mil postos de trabalho, com faturamento de R$ 63,4 bilhões – o que representa 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Ao longo do ano, o setor investiu R$ 1,04 bilhão em expansão, gerando 10,7 mil novos postos de trabalho em 106 novas unidades inauguradas. A força do segmento supermercadista em Minas Gerais também é apontada no ranking nacional de supermercados. O estado tem seis redes entre as 25 maiores do país. A participação no faturamento nacional do segmento é de 11,9% e no número de lojas, de 11,8%.

Para se inscrever, basta clicar AQUI:

OUTRAS INFORMAÇÕES: https://superminas.org.br/

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O QUE OS PRESIDENCIÁVEIS PROPÕEM PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Os microempreendedores individuais (MEI) e as micro e pequenas empresas (MPE), que respondem por 30% do Produto Interno Bruto (PIB), criaram 78% das vagas formais de trabalho em 2021 e geram renda anual para os trabalhadores do setor de R$ 420 bilhões por ano, conforme dados do Sebrae. A importância dos MEI e das MPE na economia, portanto, precisa estar refletida nos programas de governo apresentados pelos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2022.

Levantamento feito pela reportagem nos programas entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) – líderes nas pesquisas eleitorais, respectivamente – mostra que medidas como facilitação do crédito e renegociação de dívidas são mais frequentes nos documentos. As propostas, no entanto, aparecem de forma genérica.

Os presidenciáveis, somados, apresentaram 143 páginas de compromissos, diretrizes, planos ou programas de governo ao TSE, como parte do roteiro para um eventual governo a partir de 2023.

Ciro Gomes e Lula devem apresentar novas cartas de propostas à Justiça Eleitoral antes do fim do primeiro turno. Bolsonaro e Simone Tebet disponibilizam versões maiores e definitivas de seus programas, embora a emedebista diga que o documento seguirá “em construção” na campanha.

O Sebrae vem construindo um documento para entregar às campanhas nos próximos dias. A intenção é apresentar a importância do segmento das micro e pequenas empresas e o que precisa ser feito para solucionar, ou ao menos minimizar, os gargalos enfrentados.

“O papel do Sebrae é lembrar os candidatos da importância dos pequenos negócios, mostrar as dificuldades que enfrentam e sugerir o que conseguimos enxergar como medidas efetivas e viáveis. É preciso olhar para esse setor, que tem uma preponderância na quantidade de empresas [99% do total de negócios privados no país] e contribui para pôr comida na mesa de 86 milhões de brasileiros. Pretendemos apresentar isso para todos os candidatos”, diz Silas Santiago, gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae.

O conjunto de medidas citado, a ser ofertado aos postulantes ao Palácio do Planalto, contemplará, entre outras propostas, a facilitação ao acesso ao crédito, a simplificação tributária e a destinação de recursos para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Veja algumas sugestões do Sebrae ao próximo presidente aqui.

Propostas apresentadas pelos candidatos

Lula: empreendedorismo social e renegociação de dívidas

Líder nas pesquisas, Lula, em 21 páginas, cita 3 vezes o “empreendedorismo”, 1 vez “empreendedores individuais”, 1 vez “micro e pequenas empresas” e 1 vez “pequenas e médias empresas”.

O ex-presidente listou 121 diretrizes em seu “Programa de reconstrução e transformação do Brasil”, sendo que 5 delas tratam de micro, pequenas e médias empresas.

Ao falar sobre a iniciativa para estimular o trabalho e o emprego, o petista diz pretender “estender o apoio ao cooperativismo, ao empreendedorismo e às micro e pequenas empresas”. Mais adiante, quando aborda a ampliação de direitos para mulheres, o programa de Lula defende a promoção delas em diversas áreas, incluindo o empreendedorismo.

O candidato do PT cita a necessidade de ampliar o financiamento e “promover a renegociação das dívidas das famílias e das pequenas e médias empresas”. E da necessidade de “criar um ambiente em que empreendedores individuais” acessem “crédito facilitado”.

Por fim, Lula registra a intenção de “estimular a economia solidária, a economia criativa e o empreendedorismo social”.

A coligação da chapa Lula-Alckmin, composta por nove partidos, diz estar produzindo um documento mais detalhado de governo e pretende protocolá-lo no TSE em setembro.

Bolsonaro: reformas estruturais

Segundo colocado nas pesquisas, Bolsonaro é o candidato com mais citações a expressões ligadas às micro, pequenas e médias empresas. Ao longo de 48 páginas, ele faz 17 menções ao “empreendedorismo”, 1 a “empreendedor” e 1 a “micro, pequenas e médias empresas”.

O atual presidente da República que busca a reeleição coloca o empreendedorismo como parte do argumento econômico em defesa da gestão de seu primeiro mandato. Bolsonaro sustenta que o país atingiu a marca de 97,8 milhões de pessoas trabalhando e o aumento da arrecadação tributária.

“Com mais receitas, é possível investir mais em entregas, realizações, políticas sociais e principalmente seguir no fomento à geração de novos empregos como incentivo ao empreendedorismo, redução de impostos, desburocratização, tecnologia, fomento a novas matrizes energéticas, entre tantas outras realizações”, diz.

O presidente defende o empreendedorismo ao falar de reformas necessárias para modernizar o Estado, gerar empregos, microcrédito, educação profissional e tecnológica, políticas sociais, políticas para mulheres e o desenvolvimento regional, como no trecho a seguir, sobre a Amazônia: “Deve-se promover a capacitação no sentido de abrir novas possibilidades de empreendedorismo individual e coletivo na região [Amazônica], com assessoria técnica e fomento, para a fabricação de produtos competitivos, atrativos e que gerem renda, orgulho e bem estar para seus habitantes, por meio de estratégias de desenvolvimento regional.”

O programa defende ser fundamental o retorno de um “ciclo virtuoso” na economia com “fomento do crédito à produção e à promoção do empreendedorismo”. Em outra menção, trata do “fortalecimento dos instrumentos financeiros de apoio às micro, pequenas e médias empresas, para inovação e sua inserção na economia digital”.

O documento de Bolsonaro defende ainda “conjunto de políticas socioeconômicas robustas, que valorizem o empreendedorismo, a liberdade econômica, que gerem empregos sólidos diante das incertezas que as tecnologias naturalmente propiciam, que deixem para o Estado somente aquilo que é sua função precípua, a fim de dedicar seus esforços ao cidadão brasileiro, nosso verdadeiro e supremo soberano”.

Ciro Gomes: desburocratização e compras públicas 

O presidenciável do PDT, terceiro na preferência eleitoral do brasileiro conforme as pesquisas mais recentes, inclui o empreendedorismo como parte de “um novo” Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND). O candidato, cujo documento tem 26 páginas, faz 2 menções a “empreendedores” e 1 a “pequeno e médio empresário”.

Defensor de uma grande renegociação de dívidas de pessoas físicas para reduzir a inadimplência no país, Ciro Gomes inclui as empresas na equação, como forma de “restabelecer o crédito e ajudar na engrenagem da economia”.

O ex-governador do Ceará diz querer beneficiar o “pequeno e médio empresário” com “iniciativas de ampla desburocratização e digitalização dos serviços do governo federal, a estruturação de bancos de dados abertos, o investimento na interoperabilidade dos sistemas do governo federal, na automação de setores como o de compras públicas e tecnologias de segurança da informação, inclusive blockchain, sobretudo nos órgãos e entidades mais suscetíveis a fraudes e desvios”.

Ciro Gomes também coloca o elemento racial como parte necessária para “criar políticas afirmativas em relação às compras públicas de empresas de empreendedores negros, bem como linhas de crédito específicas”.

A iniciativa de empreender é apontada como “fundamental [para] recuperar o crescimento, a disposição dos empresários para investir e dos empreendedores para inovar e criar novos negócios, gerando novos e bons empregos”.

O plano final, contudo, segue em construção pela equipe de Ciro Gomes. Uma “versão definitiva” do programa de governo está em elaboração por meio de “ampla consulta aos mais diversos segmentos” sociais.

“É este projeto, que vem sendo desenhado com a sociedade trabalhadora, industrial, empreendedora e outras organizações da sociedade civil, que a candidatura de Ciro Gomes defende e representa”, afirma o candidato.

Simone Tebet: mais crédito via BNDES

A candidata Simone Tebet, que hoje aparece na quarta posição nas pesquisas eleitorais, apresentou o programa em 48 páginas, onde faz citações breves à pauta em questão, com 1 menção a “empreendedorismo”, 1 a “mulheres empreendedoras” e 1 a “pequenas e médias empresas”.

Ao mencionar o empreendedorismo, o programa de governo da postulante do MDB defende: “Ampliar o microcrédito produtivo e unificar programas com foco em inclusão produtiva, com atenção especial a mulheres empreendedoras, pessoas com deficiência e regiões de menor renda.”

A ex-vice-governadora do Mato Grosso do Sul e ex-prefeita de Três Lagoas indica disposição para “reforçar o papel” do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “no apoio a pequenas e médias empresas, de tecnologia e toda a economia de baixo carbono”.

Tebet define como uma das prioridades na área econômica estimular o ambiente de negócios. Ela se compromete em promover a segurança jurídica para atração de investimentos, especialmente na infraestrutura e na logística do país. Os compromissos têm como meta gerar empregos.

A candidata também afirma, no documento, ter a intenção de “melhorar e aperfeiçoar o ambiente de negócios, diminuir de forma estrutural a burocracia e destravar o desenvolvimento”.

Falta de detalhamento

Os planos apresentados pelos candidatos têm um ponto em comum: a falta de detalhamento das medidas propostas. Os documentos, em geral, não apresentam metas numéricas, prazos e caminhos para se chegar aos objetivos traçados. A linguagem genérica costuma ser comum em projetos como esses, não só em relação à pauta voltada ao empreendedorismo e aos pequenos negócios, mas também em outras áreas.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias