GilLeonardi_ImprensaMG_43

Governo do Estado destaca perspectivas para o próximo mandato

O secretário-geral e vice-governador eleito, Professor Mateus Simões (foto), apresentou as perspectivas, projetos e desafios do Governo de Minas para os próximos quatro anos de gestão. O plano foi detalhado durante balanço do primeiro mandato realizado nesta terça-feira (20/12), no Palácio da Liberdade. A agenda contou com a presença do governador Romeu Zema, de todo o secretariado e membros do primeiro escalão.

Durante a coletiva para a imprensa, o governador lembrou que a situação de Minas, há quatro anos, era muito mais grave que a atual, e que o êxito nas diversas áreas se deve aos profissionais técnicos e de qualidade que foram selecionados para ocupar os cargos de liderança.

Esse trabalho em equipe possibilitou que o Governo de Minas avançasse em todos os indicadores de políticas públicas na Educação, Saúde, Infraestrutura, Segurança Pública, Desenvolvimento Social e Meio Ambiente”, afirmou.

Zema também pontuou a atração de investimento recorde, no valor de R$ 271 bilhões, e criação de vagas de trabalho, com a geração de 626 mil empregos. “Minas é um estado que cria oportunidades para os mineiros. Não existe programa social melhor que o emprego formal”, avaliou.

Professor Mateus se mostrou otimista nas diversas áreas da administração e projetou melhorias para cada pasta:


Fazenda

Para o próximo mandato, o secretário explica que a proposta é a entrega de um novo regulamento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e avançar também no Plano de Recuperação Fiscal.

Apesar de todo esforço já feito, infelizmente, Minas Gerais tem uma das alíquotas mais complexas do país e essa é uma dificuldade a ser enfrentada no próximo mandato.  Nós devemos avançar na adesão do Plano de Recuperação Fiscal. O STF já nos garantiu a adesão afetiva e o decreto já foi publicado. Agora, temos que implementar o plano ao longo dos próximos anos para garantir que o terror das contas públicas não volte a assombrar o estado nas próximas décadas”, projetou.

Desenvolvimento Econômico

Já no Desenvolvimento Econômico, o secretário e vice eleito afirmou que o Governo de Minas pretende fazer com que, cada vez que uma regra for adotada, seja feito um cálculo de quem vai pagar a conta, qual é o tamanho dessa conta e se ela é proporcional ao bem que ela pretende gerar.

Além disso, temos a meta de atingir R$ 300 bilhões de investimentos e espero que venham acompanhados de mais de 600 mil empregos, que vai quase zerar o desemprego em Minas, que é o estado com menor taxa de desemprego da região sudeste”, afirmou.

Saúde

Na área da Saúde, o secretário-geral sinalizou o reforço no atendimento nas macro e microrregiões de Minas Gerais.

Para os próximos anos, temos o compromisso de concluir as obras de uma série de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e vamos continuar trabalhando na regionalização, no sentido de formar condições de atendimento de saúde secundária em cada uma das nossas microrregiões. Já nas macrorregiões, teremos atendimento completo, universalizando o atendimento no estado e fornecendo outros serviços importantes como o oncológico, cardiológico e ortopédico, que estão sendo fortalecidos em todo o estado”, disse.

Educação

Na educação, o vice-governador eleito reforçou o programa Mãos à Obra e garantiu a ampliação do ensino integral no segundo mandato da atual gestão.

Para os próximos quatro anos, temos a necessidade de expansão do Mãos à Obra, para que possamos terminar de revisitar toda a nossa estrutura. Vale lembrar que são quase quatro mil escolas e queremos que elas estejam dentro das condições adequadas de funcionamento”, afirmou.

Em relação ao Trilhas do Futuro, que é um programa que permite aos alunos saírem do ensino médio não apenas com uma formação acadêmica adequada, mas com melhor condição de empregabilidade, já que geração de emprego e qualificação de renda são as metas desses novos quatro anos. Vamos ter a expansão do Trilhas de Futuro, multiplicando o tamanho do programa em Minas, para que possamos, com o tempo, melhorar o cenário de renda média do mineiro. Minas Gerais é o segundo maior estado do país e o nono em renda média, por isso precisamos melhorar esse aspecto”, acrescentou.

O vice-governador eleito contou ainda que o Governo de Minas vai trabalhar também na recuperação da aprendizagem no ensino básico, prejudicada pelos anos de pandemia. “Estamos conseguindo manter a nota no ensino médio e temos o compromisso de melhorar a condição de ensino básico no estado”, disse.

Infraestrutura

Outra ação importante que vai impactar a vida dos mineiros é a revisão dos contratos de transporte metropolitano de passageiros.

São esforços que desejamos que toda região metropolitana atuem conosco e se engajem numa unificação de políticas de transporte coletivo. Esse assunto já foi levado à Associação dos Municípios da Região Metropolitana de BH (Granbel), que tem cuidado do tema para que paralelo a nossa revisão de contrato, os municípios possam repensar a circulação dos moradores entre uma cidade e outra”, explicou.

Planejamento

Outra perspectiva para o próximo mandato é a proposta de, no mínimo, dobrar o número de Unidades de Atendimento Integrado (UAI).

É uma ação para que o cidadão tenha acesso à serviços diretamente em sua cidade sem precisar se deslocar entre várias repartições. E, além disso, temos de sanear o passivo do passado com os servidores públicos. Há várias verbas que foram sendo retidas e reconhecidas ao longo dos anos, como as férias prêmio, por exemplo. Temos que colocar pagamentos em dia, pois são direitos dos servidores”, afirmou.

Desenvolvimento Social

Professor Mateus lembrou os impactos gerados pela pandemia, não apenas para Minas Gerais, mas também para o Brasil, criando mais obstáculos a serem superados no combate a mazelas sociais, com um papel essencial da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).

Neste próximo ciclo, precisamos atacar a questão da pobreza de uma forma mais evidente. Após a pandemia, tivemos um aumento considerável do número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza no Brasil, e temos planos para enfrentar isso, não apenas com a geração de empregos, mas com uma atuação mais próxima da comunidade local, porque às vezes o que leva à condição de miséria é algo que nem passa pela nossa cabeça, como a falta de água potável em casa”, disse o secretário-geral do Governo de Minas..

Ele também frisou a importância da elaboração do Plano de Promoção do Desenvolvimento Social de Minas Gerais pela Sedese. “Historicamente, não temos um plano que nos permita dizer onde a política de desenvolvimento social começa, onde termina e quais os seus objetivos. O estado sempre agiu ação a ação, e está na hora de pensarmos o estado em um conceito mais amplo”.

Cultura e Turismo

O secretário revelou ainda a intenção de “promover o fortalecimento do turismo para que o aquecimento do setor não seja passageiro, estruturando a cadeira de turismo regionalmente, fortalecendo os nossos nichos turísticos, o vinho e o azeite do Sul de Minas, o turismo de aventura do Norte, o turismo de negócio da região metropolitana de BH e do Triângulo Mineiro, as condições de exploração dos nossos parques, em melhor estado. E amanhã temos mais duas concessões em leilão na B3, chegaremos a três parques concedidos, para garantir espaços de turismo”, analisou.

Em termos de Cultura, Professor Mateus explicou que há o objetivo de “ampliar a descentralização dos recursos da cultura para que os municípios consigam estruturar projetos, estamos trabalhando nessa capacitação. Ver, por exemplo, o Museu da Cozinha Mineira sendo montado em Santa Luzia é uma demonstração de como as nossas cidades têm condição de puxar recursos e eventos culturais para sua localidade”.

Meio Ambiente

Impulsionar as políticas ambientais já em curso é a tônica da administração a partir de 1º de janeiro de 2023. “Vamos continuar com as medidas que já estão sendo implementadas, como o compromisso de zerar a emissão de carbono até 2050, e o compromisso de reduzir os passivos ambientais”, disse o secretário-geral de Minas.

Já diminuímos em mais de 70% o tamanho da nossa fila de licenciamento, o que é importante para todos, porque o empreendimento que não pode ser feito fica impedido de uma vez, e o que pode ser feito tem condições de gerar os empregos necessários para Minas”, disse, reforçando o desafio de implantação do Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Agricultura

Para o próximo ciclo, o Governo de Minas pretende aumentar em 40% o número de títulos de regularização fundiária rural, chegando a 7,8 mil títulos. No primeiro mandato houve a entrega recorde de 5,6 mil títulos, em 60 municípios. O documento permite ao produtor tomar financiamento, comprar e vender terras. Por isso, ele consegue produzir mais e com o emprego de mais tecnologia.

Outra frente de trabalho será a expansão do processo de regularização das queijarias.

Justiça e Segurança Pública

Na Segurança Pública, dentre os principais avanços para os próximos quatro anos está a inclusão de 10 mil novos policiais militares. Já na Polícia Civil está em curso o projeto de universalização da confecção da carteira de identidade. O documento já é confeccionado em Belo Horizonte. O plano é fornecê-la no interior.

A desvinculação do Detran é outro projeto para o segundo mandato. Com isso, haverá a liberação de policiais civis para atuação da atividade-fim e os serviços do departamento passarão a ser tratados como administrativos. Digitalização dos procedimentos da Polícia Civil será outra frente de trabalho.

Já no Corpo de Bombeiros haverá a intensificação do treinamento da tropa para que os serviços sejam mais qualificados, além de uma maior utilização de tecnologias, como ferramentas de inteligência artificial, de comunicação e atuação da corporação.

Fonte: Agência Minas / Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

MÁSCARA-BANNER-DE-SITE9

Vendas do comércio em Minas acumulam alta de 2,1% no ano

As vendas do comércio varejista em Minas Gerais subiram 0,6% na passagem de setembro para outubro. O resultado vem após queda de agosto para setembro de 0,8%. O desempenho foi acima da média nacional, uma vez que no Brasil houve avanço de 0,4% no período. Os dados são da série com ajuste sazonal da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado de janeiro a outubro de 2022 frente ao mesmo período do ano anterior, o Estado apresenta avanço no volume de vendas de 2,1%. Já na comparação dos últimos 12 meses, a elevação é um pouco menor (1,4%). Se comparado a outubro do ano passado, a alta é de 4,9%.

Ainda em relação ao décimo mês de 2021, as negociações do comércio varejista mineiro foram puxadas mais uma vez pelo grupo de combustíveis e lubrificantes, que variou positivamente 48,3%. Outra atividade de destaque foi artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com alta de 23%. Também apresentaram elevação os segmentos de móveis e eletrodomésticos (7,8%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,3%).

Do lado oposto, o destaque negativo ficou com o grupo de tecidos, vestuário e calçados, com retração de 16,6%. Logo na sequência aparece o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com queda de 14,2%. Houve recuos também na atividade de livros, jornais, revistas e papelaria (-3,2%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-1,6%).

Embora tenha retraído na comparação com o mesmo mês do exercício anterior, o grupo de livros, jornais, revistas e papelaria foi o destaque positivo nas outras duas bases comparativas. Se comparado ao acumulado de janeiro a outubro de 2021, a alta é de 24,9%. Já se confrontado ao acumulado dos últimos 12 meses, o avanço é de 22%. Também com sinal inverso aparece a atividade de móveis e eletrodomésticos, com quedas de 13,9% e 17,1%, respectivamente.

Em termos regionais, as vendas do comércio varejista apresentaram resultados positivos no mês frente a setembro em 15 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (5,1%), Roraima (2,1%) e Acre (2,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 10 dos 27 estados, com destaque para Paraíba (-6,8%), Rio Grande do Norte (-1,3%) e Tocantins (-0,9%). Já Pernambuco e Distrito Federal ficaram estáveis (0,0%) na comparação.

A pesquisa do IBGE também indica dados do comércio varejista ampliado. Neste caso, Minas Gerais encerrou o décimo mês do ano com alta de 2,1% em relação ao mês anterior. O resultado também ficou acima da média brasileira, que foi de 0,5%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 3,7%. De janeiro a outubro, as vendas aumentaram 1,3%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o avanço chegou a 1%.

Vale lembrar, que no varejo ampliado, são incluídos mais dois grupos de atividades. O segmento de veículos, motos, partes e peças, que subiu 4,3% na comparação frente a outubro de 2021, e o segmento de material de construção, que teve queda de 9,5%. Os dois setores também apresentam o mesmo cenário nas outras duas bases comparativas.

Fonte: Diário do Comércio

Captura de tela de 2022-12-30 15-54-57

Metrô de BH é arrematado por R$ 25,7 milhões em leilão de lance único

Por R$ 25.755.111,00, com lance único, o grupo Grupo Comporte venceu o leilão para concessão do metrô de Belo Horizonte, que ocorreu nesta quinta-feira (22). A sessão, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), definiu qual empresa vai gerir, operar e manter a rede metroviária, além de ser responsável de revitalização da linha 1 e criação da linha 2 dos trens urbanos. O lance mínimo era de R$ 19,3 milhões, e há projeção de investimento de R$ 3,7 bilhões para os próximos 30 anos, período previsto para duração do contrato de concessão.

 

O governador Romeu Zema (Novo) e o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, estiveram presentes na sessão pública. Atualmente, o metrô é gerido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão ligado ao governo federal. Para o leilão, foi criada a CBTU Minas Gerais (CBTU-MG). A empresa vencedora comprará a CBTU-MG ao mesmo tempo em que obterá a concessão do governo estadual para operar o serviço público de transporte metroviário de passageiros na região metropolitana de Belo Horizonte pelos próximos 30 anos.

A vencedora do leilão ficará responsável por revitalizar a linha 1 e ampliá-la com a construção da estação Novo Eldorado. Além disso, também terá que construir a linha 2, que ligará o bairro Nova Suíça à região do Barreiro. O governo de Minas defende que a modernização da linha 1 já poderá ser percebida pelos usuários a partir do segundo ano da concessão, enquanto investimentos na construção da linha 2 serão realizados até 2028.

Para tornar as obras viáveis do ponto de vista econômico, o governo de Minas vai aportar R$ 440 milhões no caixa da CBTU Minas já no primeiro ano da concessão. O dinheiro tem origem no acordo fechado com a Vale a título de reparação pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019. R$ 2,8 bilhões serão desembolsados pelo governo federal, também para o caixa da CBTU Minas, liberados ao longo dos próximos oito anos.

Fonte: www.otempo.com.br

MATERIA3

Com 99,7 milhões de pessoas ocupadas, Brasil tem o menor índice de desemprego desde 2014

O Brasil registrou a menor taxa de desemprego desde 2014 no terceiro trimestre deste ano. De agosto a outubro, a taxa de desocupação foi de 8,3%, um total de nove milhões de pessoas desempregadas. O número representa um recuo de 0,8 ponto percentual frente aos três meses anteriores. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a redução foi de 3,8 pontos percentuais. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, Pnad Contínua, divulgada no fim de novembro pelo IBGE.

A população ocupada no trimestre é o recorde da série iniciada em 2012. O país conta com 99,7 milhões de pessoas empregadas. Segundo a coordenadora da Pnad, Adriana Beringuy, “este momento de crescimento de ocupação já vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”. 

Para o economista, professor e presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), José Luiz Pagnussat, os números indicam uma retomada da economia após o período turbulento causado pela pandemia.

Os dados divulgados pelo IBGE sobre o mercado de trabalho, dados até outubro, mostram um bom desempenho da economia. A retomada das ocupações é o  melhor indicador de retomada do crescimento da economia e isso é bastante significativo do ponto de vista de que só nos últimos 12 meses geramos mais de 5,7 milhões de ocupações”, pontua. 

Fonte: www.brasil61.com

Fonte: Brasil 61Fonte:

MATERIA2

Lula retira o PIS/PASEP dos trabalhadores para pagar dívida pública do governo

 

Uma notícia que não estava sendo esperada por milhões de brasileiros tem balançado o eleitorado de Luís Inácio Lula da Silva (PT). Isso porque, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que solicita verba adicional para bancar o Bolsa Família, incluiu em seu artigo o uso das cotas do PIS/PASEP para investimentos. Na prática, o governo vai tomar posse das cotas que não foram sacadas.

A PEC da Transição, como a proposta foi chamada, passou com excelência no Senado Federal em dois turnos, agora segue para a Câmara dos Deputados. Entre os artigos, está a solicitação dos recursos da cota do PIS/PASEP que foram esquecidos pelos trabalhadores e que já somam R$ 24 bilhões, segundo a Caixa Econômica Federal. A ideia é usar essa quantia para investimentos.

Até então, a PEC solicita R$ 145 bilhões fora do teto de gastos para pagar R$ 600 do Bolsa Família para pelo menos 21 milhões de famílias, que já recebem o Auxílio Brasil hoje. E ainda, R$ 150 para cerca de 8,8 milhões de crianças que têm até seis anos. Caso os recursos das cotas do PIS/PASEP sejam liberados para uso, a PEC vai contar ainda com o adicional de R$ 24 bilhões.

Fonte fdr.com.br

MATERIA1

Retrospectiva do varejo em 2022 e expectativas para 2023

Há um ano, comecei esta coluna dividindo minha perspectiva sobre como seria o varejo no ano de 2022, e, naquela época, destaquei que seria um ano desafiador por conta das incertezas que sondavam o cenário econômico, seja por conta dos efeitos da inflação sobre o comportamento do consumidor ou pelo momento da pandemia, que à época ainda ditava muito do comportamento dos mercados.

A inflação, como mencionado no meu primeiro artigo, e o encarecimento do crédito, foram os grandes obstáculos para o varejo. De fato, o impacto dos preços na cesta de consumo pesou no potencial de compra dos consumidores. Também, a manutenção do ciclo de aperto monetário levou a menor disposição de consumo. Contudo, houveram algumas surpresas positivas, sustentando um mercado de trabalho mais favorável que ajudou no crescimento da economia.

No terceiro trimestre de 2022 o PIB apresentou um avanço de 3,6% na comparação anual, com sinais positivos do ponto de vista de composição do crescimento pela ótica da produção, com maior crescimento do segmento de serviços. Pela ótica da despesa, os investimentos registraram bom resultado, e o consumo das famílias se mantêm em patamar elevado.

Performance do Varejo em 2022

Os eventos importantes para o comércio previstos para o final deste semestre, como Black Friday, Copa do Mundo e as festas de fim de ano – sendo que o primeiro deles não performou como esperado – ainda podem trazer algum impulso para o comércio na reta final de 2022. Agora o cenário de incerteza se renova, a partir das indefinições em termos de política econômica a ser adotada pelo novo governo.

Sob o ponto de vista do varejo, ainda percebemos grande interesse no mercado brasileiro, com investimentos de longo prazo sendo executados por players nacionais e internacionais relevantes. Contudo, a conjuntura de curto prazo é desafiadora, com possibilidade de um ambiente bastante volátil para os próximos meses. Para o empreendedor, é de extrema importância a gestão eficaz do negócio, que permita agir de forma ágil e assertiva na definição de ações que agreguem valor ao consumidor.

Artigo de Marcelo Navarini que é diretor do Bling, sistema de gestão da Locaweb Company. O executivo é Administrador e Mestre em Economia Internacional. Antes do Bling, Navarini atuou como Investment Officer na CRP Cia de Participações, em transações de Venture Capital e Private Equity, além de outras experiências em empresas do setor financeiro e de bens de consumo. Atualmente acumula, também, o cargo de Diretor de Operações da Pagcerto.

Fonte: https://startupi.com.br/