O caminho árduo e o olhar distante pelas ruas de Belo Horizonte demonstram misto de tristeza e preocupação para Jackson Gonçalves, de 31 anos, um morador entre tantos outros do Bairro Serra que lutam para encontrar trabalho fixo. São praticamente cinco anos sem carteira assinada, o que levou Jackson abrir mão de desejos e conquistas para sua família. O drama dele se repete em lares dos cerca de 12 milhões de brasileiros que vivem à procura de emprego, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Jackson pertence à faixa etária que mais sofre com a desocupação desde 2020. Entre os trabalhadores de 25 a 39 anos, o percentual de desempregados atingiu a marca de 35,2%. Já os jovens de 18 a 24 anos sem ocupação correspondem a 30,8% do total, como aponta a pesquisa Pnad Contínua do IBGE, referente ao quarto trimestre do ano passado.A dificuldade se agrava já que, quanto mais tempo o trabalhador passa desempregado, mais complexa será a reinserção no mercado de trabalho. No último emprego fixo, Jackson foi auxiliar de limpeza, em 2016, numa empresa de informática. A demissão dele ocorreu devido a cortes de despesas. Desde então, contou com a ajuda da mulher, Gislene, que trabalha como diarista, para garantir a alimentação do casal e dos dois filhos pequenos. Para aumentar a renda da família, ele faz serviços como auxiliar de pedreiro, carrega móveis e faz pequenos favores em troca de gorjetas. No fim do mês, recebe, no máximo, R$ 800.
“Às vezes, você tem uma oportunidade e espera ficar um bom tempo trabalhando, mas a vaga só dura dois meses. Foi assim comigo. Mandei uns currículos, mas o mercado ficou muito seletivo. Tem muita gente procurando emprego, e isso impede que todos tenham oportunidades”, afirma Jackson, que atribui a dificuldade de inserção ao mercado à falta de estudo. Ele cursou somente até a sétima série do ensino fundamental.
Em outra face da mesma dificuldade, a estudante Giovana Lima, de 15, também encontrou barreiras ao procurar uma vaga de menor aprendiz na área administrativa. Há seis meses ela vem tentando vaga, mas só encontra negativas. Nesse período, fez cursos de informática para se qualificar melhor. “A idade é um fator importante, porque quase nunca dão chance para quem nunca trabalhou. A pandemia também complica, pois muitas empresas deixaram de contratar menores. A economia está devastada. Deveriam abrir mais vagas, o que incentiva as pessoas a comprarem e consumirem mais. Logo, tudo se recuperaria”, avalia.
Para quem tem mais idade, muda o motivo, mas o problema da falta de trabalho se repete. Paulo Roberto de Souza, de 57, tenta novo emprego na construção civil. Com apenas a quinta série, ele está há três anos desempregado. Separado da mulher desde o ano passado, passou a morar sozinho nas ruas da capital, vivendo de lavar e cuidar de carros na área central. Para ele, o fato de não ter conquistado nova oportunidade se deve à idade. “Procuro emprego todos os dias, mas, como passei dos 50, isso me impede de conseguir algo mais concreto. Não tenho tanto pique como antigamente para pegar um serviço pesado. Não tenho tanta escolaridade e isso dificulta. E também não tenho quem me indique uma oportunidade”, enumera.
Segundo o analista do IBGE Alexandre de Lima Veloso, o que pesa contra os trabalhadores mais jovens é justamente a falta de experiência: “A inserção no mercado de trabalho da força mais jovem historicamente sempre foi mais difícil. Com a pandemia, tivemos a redução dos empregos formais. Quem já estava inserido e conseguiu trabalhar de casa foi menos afetado do que quem estava buscando nova oportunidade, como é o caso de trabalhadores nessa faixa. Essas pessoas trabalhavam há menos tempo, com menos qualificação e experiência, o que ajuda a explicar o cenário negativo”.
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