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Retrospectiva do varejo em 2022 e expectativas para 2023

Há um ano, comecei esta coluna dividindo minha perspectiva sobre como seria o varejo no ano de 2022, e, naquela época, destaquei que seria um ano desafiador por conta das incertezas que sondavam o cenário econômico, seja por conta dos efeitos da inflação sobre o comportamento do consumidor ou pelo momento da pandemia, que à época ainda ditava muito do comportamento dos mercados.

A inflação, como mencionado no meu primeiro artigo, e o encarecimento do crédito, foram os grandes obstáculos para o varejo. De fato, o impacto dos preços na cesta de consumo pesou no potencial de compra dos consumidores. Também, a manutenção do ciclo de aperto monetário levou a menor disposição de consumo. Contudo, houveram algumas surpresas positivas, sustentando um mercado de trabalho mais favorável que ajudou no crescimento da economia.

No terceiro trimestre de 2022 o PIB apresentou um avanço de 3,6% na comparação anual, com sinais positivos do ponto de vista de composição do crescimento pela ótica da produção, com maior crescimento do segmento de serviços. Pela ótica da despesa, os investimentos registraram bom resultado, e o consumo das famílias se mantêm em patamar elevado.

Performance do Varejo em 2022

Os eventos importantes para o comércio previstos para o final deste semestre, como Black Friday, Copa do Mundo e as festas de fim de ano – sendo que o primeiro deles não performou como esperado – ainda podem trazer algum impulso para o comércio na reta final de 2022. Agora o cenário de incerteza se renova, a partir das indefinições em termos de política econômica a ser adotada pelo novo governo.

Sob o ponto de vista do varejo, ainda percebemos grande interesse no mercado brasileiro, com investimentos de longo prazo sendo executados por players nacionais e internacionais relevantes. Contudo, a conjuntura de curto prazo é desafiadora, com possibilidade de um ambiente bastante volátil para os próximos meses. Para o empreendedor, é de extrema importância a gestão eficaz do negócio, que permita agir de forma ágil e assertiva na definição de ações que agreguem valor ao consumidor.

Artigo de Marcelo Navarini que é diretor do Bling, sistema de gestão da Locaweb Company. O executivo é Administrador e Mestre em Economia Internacional. Antes do Bling, Navarini atuou como Investment Officer na CRP Cia de Participações, em transações de Venture Capital e Private Equity, além de outras experiências em empresas do setor financeiro e de bens de consumo. Atualmente acumula, também, o cargo de Diretor de Operações da Pagcerto.

Fonte: https://startupi.com.br/

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