SUPERMERCADO

CONSUMO NOS SUPERMERCADOS PODE SER BENEFICIADO COM NOVO SALÁRIO MÍNIMO

O consumo nos lares brasileiros foi positivo no início de 2023. Em comparação ao mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 1,07%. Para o restante do ano, o setor de supermercados espera crescimento 2,5% no consumo, que pode ser beneficiado por medidas como aumento do salário mínimo.

Em comparação com dezembro de 2022, o consumo diminuiu 14,81%. O recuo, no entanto, era esperado, já que dezembro é tido como um mês fora da curva no consumo de alimentos, principalmente por conta das festas de fim de ano.

O levantamento feito pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) mostrou também que, na série histórica, o recuo do consumo nos lares brasileiros é cada vez menor: o mês de janeiro de 2023 teve a menor variação de queda no consumo na comparação com dezembro.

A Abras apresentou alguns fatores que favoreceram esse cenário: apesar de o consumo ainda estar centrado nos lares e não em estabelecimentos como bares e restaurantes, a vacinação contra a Covid-19 contribuiu para que o consumo voltasse à normalidade como um todo. Além disso, a inflação diminuiu. Se em 2021 o IPCA estava em 10,06%, em 2022, o acumulado era de 5,79%.

Nesse cenário, o consumo brasileiro também consegue driblar algumas ocorrências que marcaram o começo de 2023. Entre elas, podem ser citadas as invasões ocorridas em Brasília no dia 8 de janeiro, que, segundo a Abras, trouxe instabilidade no cenário macroeconômico.

Além disso, os desdobramentos da crise nas lojas Americanas também teve impacto na cadeia de fornecimento, mas a situação conseguiu se estabilizar. Por fim, Marcio Milan, vice-presidente da Abras, também citou a guerra na Ucrânia como outro obstáculo superado pelo consumo. O próprio setor dos supermercados aproveitou e abriu 40 novos estabelecimentos no Brasil em janeiro (entre novos e reinaugurados).

Perspectiva

Para 2023, a expectativa é que o consumo nos lares brasileiros cresça 2,5%, valor que pode ser menor com um aumento da inflação, por exemplo. No entanto, algumas situações podem favorecer esse crescimento.

Para este primeiro trimestre, o reajuste do salário mínimo (+7,42%) para mais de 60 milhões de pessoas, a manutenção do pagamento de R$ 600 do Bolsa Família, o Vale Gás no valor de 100% da média nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos (a cada dois meses), o resgate do PIS/Pasep (de fevereiro a dezembro) e o pagamento (previsto a partir de março) de R$ 150 por criança de até seis anos para as famílias inscritas nos programas de transferência de renda devem sustentar o consumo nos lares.

Outros recursos anunciados ou em análise pelo governo federal tendem a ser direcionados para o consumo de alimentos, entre eles a revisão e a ampliação das bolsas da área da educação, o reajuste dos servidores civis do Poder Executivo e o novo reajuste do salário mínimo a partir de 1º de maio.

FONTE: SPVC.COM.BR

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